
Recentemente, um incidente envolvendo um pit bull que feriu uma criança em Ribeirão das Neves reacendeu o debate sobre a criação e os cuidados necessários com essa raça. Paralelamente, a Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) atualizou a lei que regula a posse de cães considerados potencialmente perigosos, incluindo o pit bull.
Mas será que esses cães são realmente agressivos por natureza? Ou o problema está na forma como são criados? Vamos explorar os mitos, as leis e os cuidados essenciais para quem tem ou deseja adotar um pit bull.
A Polêmica da Raça Pit Bull: Genética ou Criação?
O médico-veterinário José Lasmar explica que o pit bull tem uma predisposição genética para guarda e dominância, mas seu temperamento depende muito da socialização e do ambiente em que é criado.
🔹 Fato curioso: Assim como humanos, cães passam por um período crítico de socialização entre 2 e 6 meses de vida. Se um pit bull não conviver com pessoas e outros animais nessa fase, pode se tornar mais reativo.
🔹 Castração ajuda? Sim! Reduz a agressividade relacionada a território e cio, tornando o animal mais equilibrado.
🔹 Criação ideal:
Evitar isolamento – Cães presos ou sem interação tendem a ficar mais nervosos.
Exposição controlada – Leve o filhote a parques (após vacinação) e apresente-o a diferentes pessoas e animais.
Adestramento: Pit Bull é Fácil de Treinar?
Segundo Luís Felipe Bastos Garcia, adestrador e fundador do Projeto Adotepitbull, essa raça é uma das mais inteligentes e receptivas ao treinamento.
✅ Por que adestrar?
Eles adoram aprender e realizar atividades.
Sua expressão corporal é muito clara, facilitando a comunicação.
Pode ser feito em qualquer idade, mas o ideal é começar cedo.
⚠️ Desafio: O preconceito dificulta a adoção, aumentando o abandono. Muitos pit bulls resgatados são vítimas de má criação, não da raça em si.

Lei em MG: O Que Mudou para Tutores de Pit Bull?
A Lei 25.165/2023 atualiza as regras para cães de raças como pit bull, rottweiler, dobermann e fila brasileiro. As principais mudanças são:
📌 Obrigatoriedades:
✔ Focinheira em locais públicos – Mas a lei não especifica o modelo ideal (o que pode gerar problemas).
✔ Coleira com identificação – Agora deve ter nome, endereço e telefone do tutor (antes só pedia registro).
📌 Proibições mantidas:
❌ Procriação – Criadores clandestinos continuam sendo um problema.
❌ Entrada de novos cães dessas raças no estado.
📌 Mudança positiva:
✅ Liberação para adoção – Antes, era proibido até adotar pit bulls em abrigos.
Impacto da Lei: Mais Segurança ou Mais Abandono?
🔎 Pontos polêmicos:
Fiscalização difícil – Como impedir a entrada de pit bulls em MG?
Focinheira ineficaz – Se mal ajustada, o cão pode removê-la facilmente.
Multas sem destino definido – A lei não diz onde o dinheiro será aplicado.
💡 Curiosidade jurídica: A advogada Gabriela Maia critica a lei por não focar na responsabilidade do tutor e por possivelmente ferir os direitos das “famílias multiespécies” (termo que substitui “dono” por “tutor”).
Conclusão: Como Ter um Pit Bull de Forma Responsável
Se você tem ou quer adotar um pit bull, siga estas dicas:
1️⃣ Socialize desde filhote – Apresente-o a pessoas, crianças e outros animais.
2️⃣ Invista em adestramento – Eles aprendem rápido e adoram desafios.
3️⃣ Use equipamentos adequados – Focinheira resistente e coleira identificada.
4️⃣ Evite a reprodução – Ajude a reduzir criadores ilegais.
⚠️ Lembre-se: O problema não está na raça, mas na forma como o cão é criado. Um pit bull bem cuidado pode ser tão amoroso quanto qualquer outro cachorro!
E você, o que acha dessas restrições? Acredita que a lei vai ajudar ou só aumentar o preconceito? O Pit Bull continua sendo uma das raças preferidas dos tutores! Deixe sua opinião nos comentários! 🐶💬