
Localização e descoberta do caso
Na manhã de terça-feira (22), o corpo de um homem foi encontrado em uma área de mata próximo ao rancho onde trabalhava como caseiro, na região de Touro Morto, a cerca de 150 km de Miranda (MS). A suspeita é que ele tenha sido atacado por uma onça-pintada.
Detalhes do desaparecimento e busca
Um guia de pesca percebeu o sumiço do caseiro ao visitar o local para comprar mel. Ao notar sangue e pegadas de um animal de grande porte, acionou as autoridades. As buscas, iniciadas na segunda-feira (21), envolveram equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA) de Corumbá, Miranda e Aquidauana, além da Polícia Civil.
Identificação da vítima e evidências
O falecido foi identificado como Jorge Avalo, 60 anos, conhecido na região por seu bom relacionamento com moradores e turistas. Seu corpo foi encontrado a aproximadamente 280 metros do rancho, com sinais de ataque e rastros de um grande felino nas proximidades.
Jorge Avalo, de 60 anos, era uma figura querida e bem-integrava na comunidade pantaneira. Trabalhava como caseiro em um rancho na região de Touro Morto, próximo a Miranda (MS), onde vivia há anos, dedicando-se não apenas aos serviços do local, mas também ao convívio harmonioso com a natureza e os moradores da região.
A perda de Jorge chocou a comunidade, não apenas pela forma trágica como ocorreu, mas também pelo vazio deixado por sua ausência. Ele era uma referência de sabedoria prática sobre o Pantanal, e sua morte reforçou debates sobre a necessidade de maior segurança em áreas de risco e a importância da coexistência responsável entre humanos e animais silvestres.
Possíveis motivos do ataque
As autoridades levantaram hipóteses para o ocorrido, incluindo:
- Escassez de alimento para o animal;
- Comportamento territorial ou defensivo da onça;
- Período reprodutivo, quando os machos ficam mais agressivos;
- Alguma ação involuntária da vítima que possa ter desencadeado o ataque.
Falta de imagens e dificuldades na investigação
O sistema de câmeras do rancho não estava em funcionamento no momento do incidente, o que dificultou a reconstrução dos fatos.
Homenagem e reconhecimento da vítima
Jorge Avalo era um colaborador frequente da PMA e muito respeitado na região. O coronel José Carlos Rodrigues, comandante do Policiamento Ambiental, expressou pesar, destacando que ele era considerado “um amigo próximo de todos nós, um verdadeiro membro da família da Polícia Militar Ambiental”.
Alerta sobre interação com animais silvestres
A PMA reforçou que alimentar animais silvestres é proibido por leis federais e estaduais, como a Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/1998), e representa riscos tanto para humanos quanto para os animais. A prática pode alterar o comportamento das espécies, aumentando situações de conflito.
Medidas de prevenção e segurança
Para evitar novos incidentes, recomenda-se:
- Evitar aproximação ou contato com animais silvestres;
- Manter sistemas de monitoramento ativos em áreas de risco;
- Seguir orientações de órgãos ambientais sobre convivência com fauna local.
Próximos passos da investigação
A Polícia Civil e a PMA continuam apurando os detalhes do caso para confirmar as circunstâncias exatas da morte. O laudo pericial e análises complementares devem fornecer mais informações.
Impacto na comunidade local
O incidente gerou comoção na região, destacando a importância de medidas de conscientização e proteção tanto para moradores quanto para visitantes do Pantanal.
Legado
Jorge será lembrado como um protetor informal da natureza pantaneira e uma pessoa que dedicou sua vida a cuidar da terra e das pessoas ao seu redor. Sua história serve como alerta para os perigos da interação não monitorada com a vida selvagem, mas também como inspiração para quem valoriza a preservação ambiental e o convívio sustentável com o bioma.
Contato para informações
Autoridades ambientais estão disponíveis para esclarecimentos e orientações sobre segurança em áreas de preservação.